A medicina endocrinológica vem testemunhando avanços importantes nos tratamentos para diabetes tipo 2 e obesidade. Nos últimos anos, medicamentos como Ozempic conquistaram seu espaço no mercado, mas um novo protagonista chegou recentemente ao Brasil: o Mounjaro. Este artigo explora detalhadamente este medicamento inovador, suas diferenças em relação ao Ozempic, seu histórico de comercialização no Brasil e principais usos terapêuticos.
O que é o Mounjaro?
Mounjaro (tirzepatida) é um medicamento injetável desenvolvido pela Eli Lilly, inicialmente aprovado para tratamento do diabetes tipo 2. O grande diferencial da tirzepatida está em seu mecanismo de ação pioneiro: é o primeiro fármaco que atua simultaneamente como agonista dos receptores GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon-1).
Mounjaro x Ozempic: Diferenças fundamentais
Apesar de ambos serem medicamentos injetáveis voltados para controle glicêmico e perda de peso, existem distinções cruciais entre o Mounjaro e o Ozempic que merecem destaque:
Mecanismo de ação
- Mounjaro (tirzepatida): Funciona como agonista duplo dos receptores GIP e GLP-1, proporcionando efeito sinérgico tanto no controle da glicemia quanto na redução ponderal.
- Ozempic (semaglutida): Age exclusivamente como agonista do receptor GLP-1.
Eficácia na perda de peso
Pesquisas clínicas revelam que o Mounjaro frequentemente proporciona resultados mais expressivos na perda de peso quando comparado ao Ozempic. Os ensaios clínicos de fase 3 mostraram que pacientes tratados com a dose máxima de tirzepatida alcançaram redução média de 22,5% do peso corporal, enquanto a semaglutida em sua dose mais alta geralmente proporciona redução média entre 15-17%.
Dosagem e administração
- Mounjaro: Disponibilizado em doses de 2,5 mg, 5 mg, 7,5 mg, 10 mg, 12,5 mg e 15 mg, com aplicação semanal.
- Ozempic: Comercializado em doses de 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg e 2 mg, também com aplicação uma vez por semana.
Trajetória do Mounjaro no Brasil
O Mounjaro conquistou aprovação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no início de 2023, com comercialização iniciada em junho do mesmo ano. Durante os primeiros meses no mercado brasileiro, o medicamento tinha aprovação exclusivamente para tratamento do diabetes tipo 2. No entanto, seguindo caminho semelhante ao Ozempic, diversos endocrinologistas começaram a prescrevê-lo off-label para tratamento da obesidade, motivados pelos expressivos resultados de perda de peso observados nos estudos clínicos.
A evolução do uso terapêutico do Mounjaro ganhou novo capítulo em março de 2024, quando a ANVISA aprovou oficialmente sua indicação para tratamento da obesidade, ampliando significativamente seu potencial de utilização.
Principais indicações terapêuticas do Mounjaro
As indicações aprovadas para o Mounjaro no mercado brasileiro incluem:
- Diabetes tipo 2: Como terapia adjuvante à dieta e exercícios para aprimorar o controle glicêmico em adultos.
- Obesidade: Para tratamento da obesidade em adultos com IMC ≥ 30 kg/m² ou ≥ 27 kg/m² na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso excessivo.
Efeitos colaterais e advertências importantes
Como qualquer medicamento eficaz, o Mounjaro pode ocasionar efeitos colaterais. Os mais frequentemente reportados incluem:
- Náuseas e episódios de vômito
- Quadros de diarreia
- Redução significativa do apetite
- Constipação intestinal
- Desconforto abdominal
- Sensação de tontura
Existem ainda contraindicações absolutas que não podem ser ignoradas:
- Pacientes com histórico pessoal ou familiar de carcinoma medular de tireoide ou Neoplasia Endócrina Múltipla tipo 2
- Mulheres gestantes ou em planejamento de gravidez
- Indivíduos com histórico de pancreatite aguda ou crônica
- Pessoas com sensibilidade conhecida à tirzepatida ou a qualquer componente da formulação
Aspectos financeiros e acesso ao tratamento
Como medicação recém-chegada ao mercado brasileiro, o Mounjaro ainda enfrenta limitações de cobertura pelos planos de saúde. O investimento mensal no tratamento varia consideravelmente, com preços entre R$ 1.200 e R$ 2.500, dependendo da dosagem necessária e da região do país.
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Considerações finais
O Mounjaro representa um marco importante na evolução dos tratamentos para diabetes tipo 2 e obesidade, oferecendo uma alternativa potencialmente mais eficaz que o já consagrado Ozempic. A ação combinada sobre os receptores GIP e GLP-1 resulta em controle glicêmico superior e perda de peso mais acentuada para muitos pacientes.
Apesar do entusiasmo com os resultados, vale ressaltar que nenhum medicamento para controle de peso deve ser utilizado sem acompanhamento médico especializado. A tirzepatida, assim como a semaglutida, alcança resultados ótimos quando integrada a um programa abrangente de tratamento que contemple mudanças consistentes no estilo de vida, incluindo reeducação alimentar e atividade física regular.
Para quem considera a possibilidade de utilizar Mounjaro ou Ozempic, a recomendação é buscar avaliação com um endocrinologista capacitado, que poderá analisar detalhadamente cada caso, considerando histórico clínico, condições preexistentes e objetivos específicos do tratamento.
Um lembrete crucial: o uso inadequado dessas medicações pode representar riscos à saúde, tornando a orientação médica não apenas recomendável, mas essencial.